A mentoplastia de aumento é uma técnica cirúrgica que restabelece a função e o tamanho do queixo, deixando a face mais harmoniosa.
Na maioria das vezes em que observamos o nosso próprio rosto, estamos de frente, mirando o espelho. Por isso, é raro nos darmos conta da importância da projeção do queixo para um rosto estéticamente atraente. Um queixo pequeno, além de deixar a face desproporcional, pode afetar, em alguns casos, a parte funcional do rosto, como é o caso dos respiradores bucais.
Neste post, irei esclarecer as principais dúvidas sobre a mentoplastia de aumento.
A mentoplastia de aumento é indicada para qualquer pessoa que tenha uma desproporção do queixo com o restante da face. Pessoas que respiram pela boca, por exemplo, costumam ter essa alteração bastante evidente.
A técnica escolhida depende do grau de alteração do paciente. Para casos leves, pode-se fazer somente um preenchimento com ácido hialurônico. Em casos moderados , é recomendada a técnica que utiliza implantes (próteses). Os casos graves, requerem um deslocamento do queixo para a frente.
A decisão de qual procedimento fazer é baseada nas características funcionais da face e grau de alteração (exames específicos de imagem da face). O cirurgião irá explicar sobre as vantagens e desvantagens de cada procedimento e a decisão será tomada conjuntamente (médico e paciente).
Existem dois tipos de implantes utilizados na mentoplastia de aumento: os de silicone e os de polietileno poroso de alta densidade. Os de silicone são mais simples e de menor custo. Os de polietileno poroso tem um custo mais alto e sua fixação é feita através de parafusos.
A prótese de polietileno poroso de alta intensidade se adapta melhor ao osso e às funções musculares da face. Além da vantagem de ser fixado, esse tipo de prótese possui poros microscópicos, o que permite a entrada de tecido vivo, aumentando a sua viabilidade e adaptação aos tecidos do corpo. No longo prazo, as próteses feitas de silicone, podem se deslocar e desgastar o osso mandibular, chegando a expôr as raízes dentárias.
Os exames pré-operatórios para a mentoplastia de aumento são semelhantes aos de qualquer cirurgia: avaliação cardiológica e exames de sangue. A única diferença é a necessidade de exames de imagem cefalométricos para diagnosticar e definir o tamanho do avanço ósseo.
Pessoas com distúrbios de coagulação e doenças cardíacas, pulmonares, renais e hepáticas graves não devem fazer o procedimento.
A cirurgia de aumento do queixo é realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia geral ou sedação intravenosa,
A técnica feita com o próprio osso do queixo, que é deslocado sobre ele mesmo para promover a projeção, tem duração média de 1 hora e meia a 2 horas. Quando uma prótese é colocada, o tempo de cirurgia é menor, em torno de 1 hora.
Em ambos os casos o paciente recebe alta no mesmo dia e raramente sente dor.
Na fase de cicatrização, que dura de 10 a 14 dias, é comum apresentar inchaço, dormência e um certo desconforto. Esses sintomas podem ser resolvidos com analgésicos prescrito pelo médico. Os movimentos faciais também podem ficar limitados ou comprometidos. A recomendação para essa primeira fase é manter a cabeça elevada. Caso surjam hematomas, deve-se evitar a exposição ao sol. Uma dieta líquida é necessária para preservar a musculatura até a recuperação completa.
Ainda na fase inicial, é importante ter uma higiene oral reforçada, com o uso frequente de antissépticos, principalmente nos casos de incisão intraoral ( na parte interna da boca).
A partir do 15º dia, as atividades cotidianas já podem ser retomadas. Exercícios físicos, preferencialmente de baixo impacto, podem ser reiniciados após 20 dias.
Os resultados finais podem ser sentidos a longo prazo, em torno de 6 a 10 meses. Entretanto, uma mudança significativa de volume já pode ser notada nos primeiros dias.
Em geral as cicatrizes ficam na parte interna da boca. Nos procedimentos de colocação de prótese, pode haver cicatriz externa, na parte inferior do queixo.
Como em qualquer tipo de cirurgia, a mentoplastia de aumento apresenta alguns riscos. As complicações nesses casos são: necrose de pele, sangramentos, infecções, cicatrizes desfavoráveis, flacidez residual, rigidez ao redor dos implantes, deformidade do queixo, lesão dos nervos locais, erosão óssea na área do implante e até extrusão do implante.
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