Explante mamário é um procedimento cirúrgico de remoção da prótese de silicone mamária. A retirada pode ser realizada devido a problemas de saúde ou somente por questão estética.
A seguir, vou explicar em quais situações o explante mamário é recomendado e como é feito o procedimento.
Quando falamos em doenças causadas por implantes de silicone, nos referimos mais especificamente a patologias autoimunes causadas pela presença da prótese.
Na síndrome ASIA, que significa Autoimmune Syndrome Induced by Adjuvants, ou Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes, estão presentes uma série de sintomas relacionados a uma reação autoimune do organismo à prótese de mama. O tratamento consiste na retirada do implante e da cápsula de uma só vez. Geralmente acontece em pessoas com diagnóstico prévio de outras doenças auto-imunes ou com pré-disposição genética para tal.
O Linfoma Anaplásico de Grandes Células é um raro tumor (1 em cada 30 a 40 mil pacientes com implante) relacionado às próteses de mama, geralmente com macrotextura (revestimento da prótese). Nesses casos, recomenda-se a cirurgia de explante de silicone em bloco, quando remove-se a prótese e a cápsula.
Já a contratura capsular ocorre quando a cápsula produzida pelo organismo com o intuito de isolar a prótese, processo que ocorre naturalmente, sofre uma contratura com o passar dos anos, causando dor e endurecimento das mamas. Nesses casos, fazemos a capsulectomia total, retirando tanto a prótese quanto a cápsula.
Por último, pode ocorrer uma intoxicação do organismo pela presença do silicone, o que não é uma reação autoimune,porém, também é preciso retirar o implante para a cura da complicação.
O risco de romper a prótese é maior nos primeiros meses após a cirurgia, caso a paciente não siga corretamente as orientações do cirurgião plástico.
A ruptura também pode ocorrer devido a algum trauma que a paciente tenha sofrido na região das mamas, como um acidente ou queda, por exemplo. Porém, a situação mais comum é o desgaste natural da prótese que, em geral, está relacionado à baixa qualidade do material ou a prática esportiva com impacto na região.
Outra causa pode ser o exame de mamografia. Durante o procedimento, o equipamento exerce grande pressão sobre as mamas, o que pode causar a ruptura. Apesar de raramente ocorrer, é preciso que a paciente tenha ciência dessa possibilidade.
Nem sempre o rompimento da prótese é evidente. Quando o tipo de implante utilizado é o de gel de silicone, não há vazamento. Nessas situações, a paciente percebe através de um autoexame ou ao sentir dores na região.
No caso das próteses salinas, cujo conteúdo possui ph fisiológico compatível, o rompimento é logo percebido com a perda de volume da mama. Isso acontece pois a substância é absorvida pelo organismo rapidamente. Os sintomas podem ser dor, inchaço, hematomas e mamas irregulares.
Em ambos os casos, não existe risco para a paciente, mas é preciso procurar um especialista para confirmar o rompimento e realizar a troca ou retirada da prótese.
Em alguns casos, pode acontecer um sangramento interno. Nessas situações é preciso atendimento médico de urgência para a drenagem do sangue.
Algumas pacientes mudam de idéia por aceitação do próprio corpo ou por outras questões pessoais e decidem retirar o implante. Existem aquelas que aumentaram de peso e desejam trocar por uma prótese menor.
O procedimento cirúrgico de remoção da prótese mamária é feito com anestesia local com sedação, com peridural ou anestesia geral. Dependendo da evolução das mamas, é possível utilizar a mesma cicatriz deixada quando o implante foi colocado.
A cirurgia pode ser feita de três maneiras: remoção somente da prótese, retirada da prótese e da cápsula ou ainda a remoção em bloco da prótese e da cápsula, sem a abertura da mesma.
Se for feita somente a retirada da prótese sem a colocação de um novo implante, é preciso salientar que existe a possibilidade de ficar com um certo grau de flacidez na região. Porém, caso a paciente deseje, uma correção pode ser feita no mesmo procedimento.
Também é possível fazer um enxerto de gordura para recuperar uma parte do volume. Esse procedimento pode ser feito na mesma cirurgia ou em outro momento, a depender da avaliação do cirurgião.
Importante que a paciente siga rigorosamente todas as orientações do cirurgião plástico para que o pós-operatório seja satisfatório.
Vale ressaltar que a revisão das próteses deve ser feita anualmente, juntamente com outros exames médicos de rotina.
A colocação da prótese de silicone é um procedimento extremamente seguro e, assim como qualquer cirurgia, apresenta alguns riscos e complicações. Por isso, é fundamental procurar um médico especialista experiente, com formação em cirurgia plástica e título de especialista reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica ( SBCP).
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