RINOPLASTIA

O objetivo da rinoplastia é atingir um resultado harmônico e natural, com traços adequados ao rosto da pessoa. Através da entrevista com o(a) paciente, o cirurgião ouve as considerações dele(a) e pondera as necessidades e possibilidades de cada caso, planejando onde serão necessários procedimentos sobre a estrutura ósteo-cartilaginosa nasal: dorso, ponta, asas, columela, septo, etc.

Como pode-se perceber, a estrutura do nariz é extremamente complexa e varia intensamente de acordo com a raça, sexo, idade conformação hormonal, constituição óssea da face, tipo de pele, etc. Desta forma, é mais fácil de se entender a complexidade desta cirurgia e as limitações técnicas que, às vezes, são impostas. Para se ter uma idéia, em determinados casos, a modelação do nariz exige o uso de enxertos de cartilagem, que serão retirados do próprio septo nasal, costelas ou das orelhas. É difícil assim, moldar um nariz como o de um artista ou modelo que se apresenta com características tão diversas em relação ao caso em análise. O entendimento destas limitações impede que narizes esteticamente belos fiquem em desarmonia com o conjunto facial.

Deve-se sempre estar atento aos casos em que se torna importante a observação de alterações funcionais associadas, como dificuldades de respirar, rinites crônicas, coriza, sinusites, etc. Podem estar presentes deformidades anatômicas, que devem ser corrigidas para que um resultado de cirurgia estética não seja comprometido com a permanência desses problemas. É a associação da cirurgia estética e da funcional para a obtenção dos melhores resultados possíveis (esta é uma das grandes vantagens em se utilizer o conhecimento em Cirurgia Craniofacial). Nesses casos pode haver a necessidade de atuação de equipe multidisciplinar para se alcançar estes resultados. Em casos mais complexos, poderá ser indicado mais de um procedimento cirúrgico para se alcançar o resultado planejado. O cirurgião dará todas as explicações necessárias ao paciente.

A operação geralmente é realizada ambulatorialmente, ou seja, com alta hospitalar prevista para o mesmo dia. Dependendo do caso, o paciente recebe alta na manhã seguinte.

A anestesia é geral ou local com sedação; de acordo com cada caso, e especialmente considerando-se a avaliação do anestesista e a conveniência do cirurgião. A duração do ato é de 2 a 3h, prolongado de acordo com o caso específico.

Realiza-se a cirurgia através das narinas e da pele da columela, com instrumentos apropriados que atingem as estruturas desejadas. Como já mencionado, as particularidades existem, bem como as alternativas para tratá-las. Em casos específicos, poderá haver a necessidade de se reduzir a distância entre as asas nasais, resultando em cicatrizes quase imperceptíveis nessas estruturas. Já em casos de reoperações, ou de acordo com a complexibilidade do caso, as chamadas exo-rinoplastias devem ser ponderadas. Assim são chamadas as rinoplastias em que o acesso às estruturas nasais se dá por uma cicatriz na columela (barra de tecido entre as narinas), mas que, quando necessárias, também deixam cicatrizes quase imperceptíveis. De acordo com a maneira de trabalho de cada profissional e a necessidade de cada caso, pode-se usar tampões nasais durante a cirurgia, que permanecerão ou não durante os dois primeiros dias de pós-operatório. Isto será conversado com o(a) paciente, orientando-se para a respiração pela boca neste período. O curativo quase sempre envolve um molde de gesso ou uma tala (splint) de material moldável ao contorno nasal e que tem a função de imobilizar as estruturas nasais durante os primeiros 5 a 10 dias, conferindo o repouso necessário à cicatrização dos tecidos e contornando o edema. Após a retirada desses moldes, adaptam-se fitas adesivas ao nariz, para controlar o inchaço e manter a forma, sendo seu tempo de utilização muito variável em cada caso.


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